Histórico de Obras
A história do 7º Batalhão de Engenharia de Construção (7º BEC) – "Batalhão Barão do Rio Branco", tem seu marco inicial nos trabalhos de engenharia do Exército Brasileiro na região da Amazônia em 1969, dentro do Plano de Desenvolvimento Nacional, possibilitando a integração rodoviária do arco amazônico acreano ao centro-sul do país. Neste contexto, o Batalhão teve sua sede inicial em Cruzeiro do Sul-AC e teve como missão inicial trabalhar na infraestrutura da cidade. Sendo assim participou ativamente da implantação do aeroporto internacional da cidade. Esta obra de implantação realizada pelo 7º BEC deu suporte para que, mais tarde, a pista pudesse vir a ser pavimentada, passando a operar com aeronaves de grande porte, levando progresso e integração ao à região conhecida como Alto Juruá.
Pavimentação de tijolos, estrada no Estirão do Equador / AM (década 70) |
BR-364 - trecho entre Rio Branco a Cruzeiro do Sul / AC (década 70) |
Pavimentação de tijolos, estrada no Estirão do Equador / AM (década 70) |
A partir de 1970, o 7º BEC recebeu as missões de implantar três principais eixos rodoviários, partindo de Cruzeiro do Sul: a BR-364 no sentido Rio Branco, trabalho árduo desenvolvido em parceria com o 5º BEC; a BR-307, chamada de Perimetral Norte até Benjamin Constant/AM, e continuar a BR-364 no sentido a Boqueirão de Esperança, já na fronteira com o Peru. Essas três grandes obras constituíram enormes desafios ao Batalhão que se traduziram nos diversos obstáculos que a logística amazônica impunha.
Naquela época, sendo dotado de duas Companhias de Engenharia de Construção, nas décadas de 70 e 80 o 7º BEC manteve, um Destacamento no Estirão do Equador/AM, próximo a cidade de Tabatinga, a fim de implantar a chamada Estrada do Estirão, que seria pavimentada com 2.500.000 tijolos feitos pelo Batalhão no local e ligava a pista de pouso à cidade. Uma epopeia que culminou em 1983 de uma ponte de madeira sobre o igarapé Serraria.
Em 1980, foi construída a sede do INCRA em Cruzeiro do Sul/AC pelo 7º BEC. Na continuidade daquela mesma década, firmou convênio com o INCRA para implantar assentamentos, vicinais, escolas rurais e postos de saúde nas regiões de Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Sena Madureira, Plácido de Castro e Brasileia.
Ainda na mesma década, realizava a conserva da BR-364, dividindo-a em três trechos: de Rio Branco a Manoel Urbano (217 km), de Manoel Urbano a Tarauacá (199 Km) e de Tarauacá até Cruzeiro do Sul (236 km). Este trabalho, ainda que hercúleo, permitia a manutenção do tráfego durante três meses por ano (Ago/Set/Out), face aos altos índices pluviométricos da selva amazônica durante praticamente todo ano.
Em 1992, em apoio à implantação de Unidades na Amazônia Ocidental o 7º BEC construiu o Pelotão Especial de Fronteira do atual 61º BIS, em Vila Amônia, hoje município de Marechal Thaumaturgo/AC.
Atendendo à missão de contribuir para a integração da Amazônia ao restante do Brasil, em 1994 iniciou os trabalhos na conservação da BR-317/AC - AM e Estrada de Brasiléia - Assis Brasil/AC. Para tal trabalho recebeu a missão de realizar um projeto básico para o novo traçado da estrada e mais esta missão foi cumprida com precisão e muita responsabilidade.
No ano de 1998, construiu o Posto Médico da Guarnição de Rio Branco, e implantou a infraestrutura do então 4º Pelotão Especial de Fronteira / 4º BIS, sediado em Santa Rosa do Purus/AC.
No período de 1999 a 2003, o 7º BEC recebeu o desafio de retornar às origens e reconstruir o Aeródromo de Assis Brasil/AC. Era originalmente uma pista de 708m que foi ampliada para 1.300 m de comprimento com revestimento asfáltico pelos valorosos militares e servidores civis do Batalhão.
De 1999 a 2004, realizou no Pelotão Especial de Fronteira do 4º BIS, em Santa Rosa do Purus/AC, melhoramento da pista de pouso daquele município, contribuindo para manter a ligação aérea daquele Pelotão Especial de Fronteira (PEF) com a sede do Batalhão.
O 7º BEC, participou da pavimentação da Estrada do Pacífico em 2002, coroando sua trajetória na manutenção dessa via de acesso transnacional e hoje importante rodovia para as exportações do país.
Em 2003 e 2004, restaurou 32 Km da BR-364, seguimento de Rio Branco – Bujari – Sena Madureira/AC, em parceria com o Departamento de Estradas e Rodagem do Acre (DERACRE). Ainda em 2004, reparou 38 Km de estradas vicinais em parceria com o DERACRE e realizou trabalhos de abertura de 35 Km de ramais em convênio com o INCRA.
De abril de 2008 até 2014, atuou na recuperação da pista de pouso do Aeroporto Internacional de Rio Branco, sendo colaborador mais uma vez da manutenção do trafego aéreo no Estado. Esta importante obra obteve grande repercussão na mídia naquele ano devido a enchente histórica do Rio Madeira, que isolou o estado do Acre do restante do país. Por isso a importância da manutenção da pista do Aeroporto Plácido de Castro, que naquela ocasião era o único vetor logístico de abastecimento do Estado.
De 2007 até 2016 atuou na restauração de 29,7 km da BR-319/AM, entre os municípios de Humaitá/AM e o trevo de Lábrea/AM, distante mais de 700 km da sede. Mais um desafio técnico e logístico superado pelo Batalhão.
Restauração da BR-319 / AM - Trecho de Humaitá
Restauração da BR-319 / AM - Trecho de Humaitá
Restauração da BR-319 / AM - Trecho de Humaitá
Em 2015 foram realizado os trabalhos da Operação CAITITU, convênio entre o Governo do Estado e o Exército Brasileiro executado pelo 7º Batalhão de Engenharia de Construção – Batalhão Barão do Rio Branco, para a manutenção da rede mínima de estradas vicinais (recuperação de ramais) em Brasiléia e Epitaciolândia / AC. No total, foram recuperados 150 quilômetros de ramais, que beneficiaram os produtores que consolidam as cadeias produtivas da região.
No dia 29 de julho de 2020, o 7º Batalhão de Engenharia de Construção enviou 20 (vinte) militares para a Cidade de Estirão do Equador-AM, a fim participarem junto a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica – COMARA da ampliação da pista de pouso em pavimento rígido (concreto) situada no Distrito de Atalaia do Norte naquela cidade.
Os militares do 7º BEC permaneceram em apoio a COMARA por cerca de quatro meses. Além de realizarem o apoio à Força Aérea Brasileira - FAB, os militares adestraram-se em trabalhos técnicos especializados, os quais serão úteis e importantes no emprego de obra similar, futuramente, na localidade de Santa Rosa do Purus-AC.